Faço um trato:
em vez de fazer poemas,
prefiro inspirar poemas.
Ser a musa.
Não importa que eu pouco lembre
uma musa clássica,
daquelas de roupas esvoaçante,
cabelos trançados,
flutuando pelos jardins da Arcádia
ou das ilhas de Apolo
como se mais que musa
fosse deusa.
Posso ser uma musa pós-moderna.
Não uso véus, mas descubro as pernas,
não toco lira, mas tenhos CDs
para suprir a falta de música.
Vinho? Prefiro vodka ou cerveja.
E na falta de jardins greco-romanos
te levo a Temple's Bar, na velha Dublin
e lhe mostro que pode haver poesia em outros cenários.
Queria apenas dar um tempo no escrever versos aleatórios,
dedicados a "musos" idealizados.
Apolos, Hércules, Adonis que nem existem,
ou a Zeus que pularam cerca, bateram asas
e sumiram na poeira da lembrança.
Prefiro inspirar.
Ler o que escreverem para mim.
Algo mais do que os sonetos que meu pai fez
quando eu era criança.
Serei quase uma musa anti-musa.
Musa que usa baton, adora salto alto,
e detesta Roberto Carlos
ou qualquer uma dessas babas que acham romântica.
Em troca, serei sensivel.
Prometo rir de versos engraçados,
e chorar de versos que me toquem a alma.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Musa pós-moderna
Fatima Dannemann
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Um comentário:
Oie Fátima!
Tudo bom contigo flor, aqui quem fala é o Rubens da Revista Sunshine, vim no seu blog e fiz a seleção do seu texto para a revista, é o Canto Xamanico, tudo bem?
Dai estou te fornecendo o meu e-mail, para tu me responder pra pegar o "questionário" , é um pequeno bloco de notas com algumas perguntinhas pra eu montar teu perfil que vai na revista, e junto com as respostas do questionário precisava de uma foto pequena sua de rosto para o mesmo perfil, ta bom?
binho_byers@hotmail.com
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