domingo, 23 de agosto de 2009

CANÇÃO DO OCASO - FATIMA DANNEMANN

Fatima Dannemann

Fim de tarde...
Quase noite e o mundo se torna cinza.
Restos da chuva se espalham na calçada,
restos de um dia como qualquer dia
e alguem volta para casa.

Fim de tarde,
o mundo allegro ma non troppo
espera a luz da lua
a banhar a rua
entrecoberta por farois de automóveis
que começam a se acender.

Finda a tarde
e com ela o sol se guarda
no manto violeta que toma conta do céu.
Alguem pára para olhar o crepúsculo,
um único olhar em busca do poente
num horizonte perdido e encoberto
por estruturas de concreto.

Fim. É tarde.
O sol se põe,
a estrela vesper brilha.
O dia termina docemente
como os ultimos acordes de uma sinfonia.
O céu violeta espera a lua.
Restos de chuva na rua.
Farois se acendem nos carros.
Alguem volta pra casa.