domingo, 12 de outubro de 2008

Infinito como espelhos paralelos


Fatima Dannemann

Pedaços de noite
fragmentos de sonho
andanças num palácio de espelhos
entre reflexos
e farois de carros tresloucados
Goles de cerveja
num bar qualquer
Cristais de gelo
quebrando-se num copo
ao som de rock and roll
e um riso de baton
cheio de dentes brancos
como estrelas
transforma a noite em fragmentos
quebra o mar em pedacinhos
e reflete o brilho da lua
em pedaços infinitos
como o reflexo de espelhos paralelos.
Noite
Flashes de um resto de dia
e todo e qualquer poema
parece reprise de um filme já visto e revisto
qualquer suspiro
é como um jeans surrado e velho.
Pedaços de noite.
Movimentos destroçados
num espelho torto
luzes que quebram braços, pernas,
e até narizes
e transforma o mar
em um murmurio distante e misterioso.
Flashes de uma imagem
que se refletem
no infinito de espelhos paralelos.
Pedaços de noite
momentos que se repetem
A lua que se quebra nas luzes dos carros
o rock and roll que encobre
o ronco dos motores.
E a vida é assim:
descomplicada
somente isso...

 
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