sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Azul como a neve branco-azulada

Fatima Dannemann



Quando a madrugada cai

E o novo amanhecer se avizinha

Eu penso frescuras.

Ouço a musica de Pinóquio

Imaginando: a terra é azul

Porque o céu é azul, o mar é azul

E quando vejo fotos de montanhas

Até a neve parece meio azulada.

E eu visualizo a Fada Azul

Castigando meninhos mentirosos

Deixando seus bonecos de plástico

Continuar sendo bonecos de plástico

Porque certas alquimias...

Ah, as alquimias

Eu sonho transformar meus sonhos em ouro

Ouro como raios de sol de verão

E sonho com o brilho da manhã

E vejo a chuva

Ouvindo o vento soprando entre a persiana.

É apenas madrugada.

Manhã ainda distante

Como o mais aberrante

De todos os sonhos

E a vida é assim: azul como o planeta

E eu vejo a vida azul

Porque é a cor do meu jeans

E ouço um rock enquanto tomo um conhaque.

O vento lá fora me lembra o frio

E é apenas verão.

Mas quem para quem viu neve em Veneza,

Tudo é possível

Até os sonhos mais distantes,

Longínquos como montanhas que subo de carro

Ou teleférico para abrir a boca

Lá do alto enquanto eu digo

A vida é azul,

Azul como a terra

Ou o branco azulado da neve das montanhas...

E eu me dou ao luxo de pensar frescuras

Durante a madrugada.

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