quinta-feira, 14 de julho de 2011

Sem pressa e sem motivo

Fatima Dannemann

Deu vontade de escrever um poema
Apenas isso:
Um poema sem pressa, e sem motivo,
quaisquer versos que transmitam
meu grito,
meus sentimentos, meus sentidos...
Mas nunca fui poeta e
assumo: ora, eu sempre preferi prosa...
Mas a escrita corrida dá pausa em minha vida
E de repente me vejo fazendo versos
Como se todo mundo que fizesse versos
fosse poeta,
e não proseadoras e contadoras de histórias
ou repórteres de jornal hibernantes,
como eu...
E pintou um clima...
Uma enorme vontade de fazer um poema.
E sai escrevendo, sem eira, nem beira,
sem pressa, sem motivo,
sem rimas ou métrica.
Preferia prosa, uma bela crônica, talvez
sairam versos.
Deu vontade de fazer um poema.
E eu, teimosamente, fiz.

21.4.2002

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