quinta-feira, 14 de julho de 2011

Saideira

Fatima Dannemann©

A cerveja esquenta nos copos
encerrando a noite.
Fim de festa é assim.
Bocas borradas,
olhos vermelhos.
Bêbados trôpegos tropeçam
na volta pra casa.
Pára a orquestra.
Garçons fecham contas
que serão penduradas.
Saideira.
A sombra da noite
cede espaço a luz da manhã.
Bêbados tontos tentam
olhar para o relógio
sem noção de tempo.
Sombras se arrastam
na volta para casa.
A luz do sol emprenha a noite
quando a festa termina.
Um último cigarro
amassado no cinzeiro sujo.
Sono que chega.
Ressaca.
Vazio.

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