sábado, 7 de fevereiro de 2009

Dança do meu ventre em festa - Fatima Dannemann (poema)

Fatima Dannemann

Quero dançar como uma odalisca
flutuar entre paredes em meio aos véus
rodopiar pelo salão iluminado
sentindo aroma de sândalo
a marcar os meus passos
tendo como público
os olhos do amado.

Quero dançar como uma odalisca,
misteriosa e sensual atrás dos véus.
Marcando meus passos com volteios na cintura
brincando com minhas mãos
que faz jogos de luz e sombra
em meio as velas...

Quero dançar como a mais bela das odaliscas,
a mais amada de todas as princesas,
e entre aos véus, aromas, velas e vinhos,
marco compassos de amor com mãos, pés
e olhares profundos
numa dança sagrada.

Quero ser uma odalisca ou dançarina
e fazer da vida meu salão dourado,
quero flutuar com a graça das princesas,
perfumada como a mais poderosa de todas as fadas,
levar a luz do amor em movimentos ritmados
provocar suspiros, arrepios,
ou apenas sonhos e saudades,
ou não provocar nada...

Quero dançar como uma odalisca
fazer do mundo o meu salão dourado.
E ser apenas eu,
princesa ou plebeia,
profana ou sagrada.

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