quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Poema Noturno

Fatima Dannemann


Numa noite qualquer
seguro a caneta
e rabisco palavras
num resto de bloco
de papel

Numa noite qualquer
tramo versos
pensando em cerveja
ouço o silêncio
e imagino rock and roll

Numa noite qualquer
me visto de estrelas
tento sonhar o possível
alcançar o atingível
ser cupido e flechar
o coração de quem queira sonhar comigo

Numa noite qualquer
perambulo pelas ruas
do pensamento
e vou catando estrelas de cristal
para fazer um anel

Numa noite qualquer
Me sento a janela
como uma musa de pintura
e vejo o tempo passar.
Espero o dia nascer

Numa noite qualquer
faço planos pro outro dia
vejo que noites são apenas noites
calmas, tranqüilas, agitadas
Mas apenas noites
como uma noite qualquer


Nenhum comentário: