domingo, 9 de novembro de 2008

Canção do Ocaso

      Fatima Dannemann

      Fim de tarde...
      Quase noite e o mundo se torna cinza.
      Restos da chuva se espalham na calçada,
      restos de um dia como qualquer dia
      e alguem volta para casa.

      Fim de tarde,
      o mundo allegro ma non troppo
      espera a luz da lua
      a banhar a rua
      entrecoberta por farois de automóveis
      que começam a se acender.

      Finda a tarde
      e com ela o sol se guarda
      no manto violeta que toma conta do céu.
      Alguem pára para olhar o crepúsculo,
      um único olhar em busca do poente
      num horizonte perdido e encoberto
      por estruturas de concreto.

      Fim. É tarde.
      O sol se põe,
      a estrela vesper brilha.
      O dia termina docemente
      como os ultimos acordes de uma sinfonia.
      O céu violeta espera a lua.
      Restos de chuva na rua.
      Farois se acendem nos carros.
      Alguem volta pra casa.

Nenhum comentário: