sexta-feira, 9 de maio de 2008

Dança do meu ventre em festa

Fatima Dannemann

Quero dançar como uma odalisca
flutuar entre paredes em meio aos véus
rodopiar pelo salão iluminado
sentindo aroma de sândalo
a marcar os meus passos
tendo como público
os olhos do amado.

Quero dançar como uma odalisca,
misteriosa e sensual atrás dos véus.
Marcando meus passos com volteios na cintura
brincando com minhas mãos
que faz jogos de luz e sombra
em meio as velas...

Quero dançar como a mais bela das odaliscas,
a mais amada de todas as princesas,
e entre aos véus, aromas, velas e vinhos,
marco compassos de amor com mãos, pés
e olhares profundos
numa dança sagrada.

Quero ser uma odalisca ou dançarina
e fazer da vida meu salão dourado,
quero flutuar com a graça das princesas,
perfumada como a mais poderosa de todas as fadas,
levar a luz do amor em movimentos ritmados
provocar suspiros, arrepios,
ou apenas sonhos e saudades,
ou não provocar nada...

Quero dançar como uma odalisca
fazer do mundo o meu salão dourado.
E ser apenas eu,
princesa ou plebeia,
profana ou sagrada.

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